Conhecida do público, a American Pit Bull Terrier (APBT), ou simplesmente Pit Bull, é uma raça canina bastante difundida no Brasil. Apesar de ser rotineiramente citado como protagonista em ataques a seres humanos ou outros animais, o cão esconde, por trás da aparência de brutamontes, um jeito dócil e amistoso com pessoas.
A Confederação Brasileira de Cinofilia (CBKC), entidade responsável pela organização e regulamentação da criação de cães no Brasil, pontua que o Pit Bull é utilizado para companhia.
O preço médio de filhotes da raça, vendidos normalmente em cor sólida, varia entre R$ 2,5 mil e R$ 3 mil. Há, no entanto, quem os venda em sites de compra e venda na média de R$ 600.
Segundo Eduardo Lira, sócio do canil Monster Factory Kennel Club e criador de cães, a expectativa de vida do APBT gira em torno de 15 anos.
ORIGEM
O American Pit Bull Terrier foi criado nos Estados Unidos, registrado pelo United Kennel Club (UKC), companhia internacional de registros e exposições caninos, pela primeira vez em 1898.
A raça advém do mix de raças do tipo "bull", como o Bulldog, com maior poder de força, e do tipo "terrier", mais aceleradas, enérgicas e menores, após estas serem importadas de países como Inglaterra e Irlanda para solo estadunidense.
Criados como pets, cães do tipo terrier já foram utilizados em caçadas pelo instinto de procurar animais e objetos. Eles, em termos de comportamento, podem apresentar "desvios destrutivos", como de móveis, sapatos e itens de cama.
Em razão da mistura, o Pit Bull tem um drive de caça (a capacidade ou vontade natural, conforme Lira, de perseguir pequenos animais) muito alta. "É como um ímpeto, um instinto do cão buscar animais, geralmente menores", explica.
Tal combinação de fatores fez do Pit Bull, de acordo com Lira, um cão "combatente", diferentemente de outros cães de raças ascendentes e descendentes.
É PERIGOSO?
De acordo com Eduardo Lira, a fama de agressividade do Pit Bull perdura em virtude de inúmeros acontecimentos e da popularização da raça em todo o mundo.
Embora não seja criador de Pit Bull no momento, ele teve relação com a raça a partir de 1995, quando houve um "boom" no interesse pelo cachorro. "Naquela época, já era um tabu ter ou querer um [Pit Bull] devido à apresentação física dele, de ser um cão forte", relembra, ressaltando que os cachorros da raça com os quais teve contato de lá para cá eram superdóceis, mas extremamente ativos.
USADO EM RINHAS
As qualidades físicas, no entanto, tiveram uso redirecionado ao longo da história da raça: o animal passou a ser usado em rinhas para diversão. "O entretenimento antigo era colocar cães versus outros animais, como ursos, por exemplo, algo que é totalmente descabido, desproporcional", explica o criador, avaliando tais ações como o retrato de uma barbárie.
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